sábado, 15 de novembro de 2008

Fragilidade Sentimental


De tudo, mudo
Falo nada
Você é o meu mal
Cambaleante na calçada
Fragilidade sentimental.

Em trevas fez morada
Explode em ato infernal
Até cravar-se a facada
Fragilidade sentimental.

Renan Coelho



terça-feira, 30 de setembro de 2008

Essência


Quando a perversidade reinar
Rapte-me
Quando o amor preponderar
Adapte-me.

Renan Coelho

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Vinte de Março.

E de novo as folhas caem
Fica o tronco despido
De amarguras que se vão
Com a queda das folhas

Despencadas, pálidas em sono
Passa tempo, sem perdão
O que fui, eu abandono
Aqui não mais há verão
Invade-me o outono.

Renan Coelho

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Taciturnidade.

O passado, ao passar, passou
Doente, de vez deixou de deixar
Amargo amor, amante, amado
Som, surto, sonífero, somente seu
Berrar, bom, belo, bastante
Ágil, silencia o coração meu...

Renan do Nascimento Coelho

[ Em recuperação só escrevo cálculos... tá difícil...]

domingo, 8 de junho de 2008

Soneto de Amor Saudoso

O amor que tenho por ti, sobra
Encheria o mundo de tanto
Dos deuses, és a mais linda obra
Se afastada, fico em prantos

Hei de exaltar em teu louvor
A totalidade que me resta
Te ter afeto, aqui causa festa
Sendo em todo tempo amor

Não findas o sentimento nobre
Que em ti descai em devaneio
E em seu contemplar se descobre

Eu, em loucura, tenho receio
Que em seu estimar não mais more
Não mais ninhando em teu seio

(Renan Coelho)

Bela, bela, bela.

Oh! Tanta beleza que nela habita
O resplandecer do sol na terra
Um anjo que asas bate e agita
O ponto final que à poesia encerra
Esconde-se ela por trás das revoadas
Com brilho tal que faz inveja em estrela
Almejando-a em sonhos de noites frustradas
Em despir seu véu, espero tê-la

(Renan Coelho)

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Deságüe

Tira ardor de minh´alma
Me aquece, me acalma
Pois de amor resta um fio

Segue caminho bem fundo
Desagua-me no mundo
Onde sem ti rodopio

Tempo que me vive
Em outrora assim fazia
Hoje, tempo que me mata
No penar de cada dia


Renan Coelho

domingo, 6 de abril de 2008

Que falta ela me faz.

Olho pro lado e choro
De tristeza, prantos lacrimais
Com ela sou mais forte
Com ela me sei mais

Queria tanto que assim sentisse
Que meu nome na saudade gritasse
Que se de medo ela não dormisse
Que como antes meu telefone tocasse

Ah, ela aqui não está
Será que um dia volta?
Pro meu lamento acabar

Como deixei-a partir?
Ah, se no tempo eu pudesse voltar
Ela estaria no meu colo
Esperando a tempestade passar...

Ah, que falta ela me faz.
RNC

sexta-feira, 21 de março de 2008

Soneto de Amor e Vida.

A conheceu por destino divino
Coisas que ninguém explicaria
Não antes havia em tal menino
Pensamento que nunca preteria

Vida, que ela conduziu pra cá
Será que a ela levaria?
Indagou em seu penar
Ao ser privado de Maria

Em ardor doentio inferia:
Que caso o inesperado sucedesse
Que a ela não abandonaria

Renunciaria a causa de sua ferida
Não o seu amor por aprazível mulher
E sim seu estimar pela vida.


RNC

quarta-feira, 12 de março de 2008

Tente Esquecer!

1 de Outubro de 1981.

Você pode tentar me esquecer, como faz agora, e em momentos acreditarás até que conseguiu. Você pode mergulhar no mundo tentando afogar o seu amor por mim, nele encontrará muitas ilusões, eu sei, mas sei também que não encontrará sequer um sonho. Você pode buscar no sol a ilusão de um beijo meu, nele por perto encontrará calor, mas jamais obterá meu carinho. Você pode encontrar no amor a imensidão, mas não encontrará a profundidade. E quando a brisa caminhar livre entre os fios de cabelos, e imagens nossas brincarem em sua mente trazendo na saudade a lembrança de momentos felizes que passamos juntos... para não se sentir sozinho, abrace forte quem tentou tomar o meu lugar nos braços seus, mas não soube substituir no coração. Você pode encontrar em alguém os meus olhos, mas nunca encontrará o meu olhar. Você pode rasgar as minhas cartas no momento em que outra aparecer em sua vida, mas não poderá fazer o mesmo se quiser me apagar de sua lembrança. Você pode entrar no seu carro e na velocidade do momento tentar apagar a nossa história. Você pode viajar, tentar fugir, mas em toda parte do mundo existirá uma flor, uma estrela, ou então uma poesia que fará você parar e lembrar de mim.
E aí mesmo sem jeito e sem medo... pode voltar.

domingo, 9 de março de 2008

Arrepio

Arrepio

-O que houve?
-Palavras ao pé do ouvido.

E tudo arrepiou-se

Pedro Vargas

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008


Entra
Conhece meu mundo
Descobre
Que todo caos, aqui, é bem-vindo
aprende
Que todo sonho perdido
Aqui chora
Que todo coração partido
Aqui mora
ouve
Os gritos de desespero
Da vida que vai-se embora

Entra
Se adentra no meu mundo
Conhece os cantos mais obscuros
Da minha alma
Que eu faço questão de não esquecer
Onde a vingança predomina
Onde o ódio me alucina
E a tristeza nunca termina

entra
Explora o meu mundo
E pobre de ti
Quando finalmente descobrir
Que o inferno é aqui

Pedro Vargas

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Batidas.

Quero ver meu bem,
Mas não tenho cifrão
Tenho apenas batidas
De mel e coração

"Lingüística"

Protejo-te em aspas
Acentuo-te em agudo
(Por mais grave que seja)
Peço-lhe, trema
Diz-se:
"Lingüística"

(RNC)

Sou sem sempre ser.

Sou o que ninguém é,
Na hora que ninguém quer ser
Sou o que a vida quis
Sou tudo, menos você

Sou os passos da estrada
O rastro que se vê
Sou o que todos são
Sou o que ninguém quer ser

Sou a verdade adentro
Sou a mentira a fora
Sou onde o amor se esconde
Sou onde o ódio aflora

Sou sem sempre ser.

(RNC)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Hoje Não

Não confies no que digo
Hoje não estou para palavras
Não quero beijo
Não quero papo
Não quero amor
Hoje não estou para nada

Hoje não sou eu
Hoje não sei o que me deu
Nõ sei porquê
Hoje, Não quero você
Meu amor, hoje, não é normal
É insosso, é irreal
Hoje não estou aberto
A nenhuma emoção
Não confies no que digo
Hoje não

Pedro Vargas