terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Poema de Corre-Mundo

Certa vez, me sopraram:
"És passarinho;
Vareta, seda, rabiola"
Voei num instantinho
Cantando:
"Ninho não é gaiola!"

Do alto, batiam asas de prata
Cansadas dos olhos em Prada
Cruzei com revoadas,
- Cada qual em sua trilha
Avistei cachoeiras
Pousei em ilhas
Vi o mundo girar
No eixo do meu queixo
Presenciei abismos e picos
Carreguei morenas
Que de tão pequenas
Cabiam no meu bico

Eram veias, rios
Coração, tromba d'água
Turbilhão
Em todo usufruto privado
Havia um pouco de prisão
De olhar treinado, profundo
Concluí do meu cantinho
A desconstrução do ninho
Transfigurado em mundo

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Ode: On

Na sujeira Do teu Centro Paira encanto
Acendo velas
Corro por vielas
Rateio em becos Depreendo
Teus flancos Choro negro, Rio Branco

Questiono-me, Proponho: Guanabara... Que vidas realças? Ofereças um sonho!

De samba-canção, Não valsa Aos condenados do tráfego Na Barra Da minha calça