Há em mim um corte, profundo, inquietante, incurável. Nunca sei ao certo seu comprimento, doze ou catorze centímetros. Ponto. Digo, pontos, tentam manter-lhe fechado. E toda vez que chega próximo da cicatrização, eu, com faca em mãos, mantenho viva sua existência. Cada vez que ele se abre, fica pior. Mantenho-lhe vivo em bilhetes e palavras, em indiferenças e fingimentos, em noites e silêncios, em lemes e velas.
Um comentário:
Surreal. Diz tudo.
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