segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Desde o princípio fomos separados por poucas horas, por que tanto tempo?

E faz tanto tempo que não te tenho aqui. Tento seguir sem pensar em ti. Lembro de tudo que ocorreu, que não ocorre mais, de tudo que aconteceu e ficou para trás, de cada riso seu em lábios majestosos. Lembro das nossas fotos no meu celular que se afogaram no mar forte, lembro o quanto me doeu tê-las perdido. E agora, fora da minha mente, não há mais imagens nossas. Ao menos guardo as palavras em local seguro. Lembro de você indo viajar e eu correndo atrás do ônibus olhando seu rosto pela janela, a visão ficava embaçada pelo reflexo, mas cada detalhe seu que eu conseguia enxergar era um pedaço de nuvem que acariciava, ababosadamente, meus olhos. E quando o ônibus disparou e a física não permitiu mais que minhas pernas acompanhassem um veículo motorizado, recordo-me de ter utilizado a tecnologia da comunicação móvel - que nunca mais me foi útil - e ligado para ti:
- Já estou.
- Está o quê?
- Com saudade.
Acho que foi a coisa mais romântica que já fiz, e foi tão expontâneo! Lembro-me de sonhos, planos, lágrimas, de proclamar nossa eternidade em beijos. Tantos momentos que guardei em mim. Você sempre sorrindo, se vi você chorar mais de uma vez - sem contar as que causei - foi muito. Seu abraço trazia a paz para as minhas guerras pessoais. E seu ramalhar em meus ouvidos, exibia uma tonalidade de fazer inveja a compositor clássico. És a mais linda e esplendorosa que alguém um dia poderia sonhar em ter pra si. Está em um plano assaz elevado, que praticamente a vejo no céu, e nessas horas, eu, mesmo envergonhado, gostaria de ser uma pipa.

2 comentários:

Vargas disse...

Que a saudade nos dê asas pra vermos quem mais amamos. No céu ou na terra.
Que o tempo nos dê força pra vencer a falta do ser amado.
Que a morte no dê sabedoria pra viver mais e mais sem medo.

Lorena Alves disse...

Nossa , e eu que achei que já tinha lido coisas bonitas ...
=,)