segunda-feira, 28 de abril de 2014

Alfaiataria

À luz dos olhos, frestas
Não te envergonhe, não te rebele
Se a vi vestida de festa
No translúcido arrepio da pele

Deixe a saia no sofá
Só vá dissolver a roupa minha
Ando envolto em calor
Não programe alarme à calcinha
Que repousa no corredor

Atenta-te ao meu voto
Prefiro o controle remoto
Levantar n'outra manhã
Com teus seios a respirar
Redondos, rosados, maçã
Fugidos da tirania
Voraz de um sutiã

Professo, vide
É tempo de desnudar, suar, zombar
Antes que tudo se acabide

Um comentário:

vanessa disse...

antes que tudo se acabide :) ai, ai