quinta-feira, 4 de abril de 2013

O Caso da Contemplação Pungente

Invadia-me os olhos, abaixo do chapéu-panamá
Não por oftamologia, sim por psicologia
Aquecia o sangue à análise da retina fria
Revirava-me o estômago uma panapaná

Com a serenidade do habitante de monastério
E esguias pernas de garça - sua graça?
Causara-me o torpor do vinho, mil taças
Não estava em suas palavras o mistério

Fulgor duradouro, desmantelador, um trauma!
Ainda que meus lábios só vinham o nome informar
Seu olhar fronteiro parecia evidenciar
Os segredos mais dissimulados de minh'alma

Um comentário:

Anônimo disse...

Fantástico! Somente isso... fantástico. =)