terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Cordel de General.

E foi declarada a guerra!
Primeira página do jornal!
Hoje é que ninguém vai
Ler a coluna social.
Pronto em marcha, dois exércitos
Concentrados, por normal.

Diz valorizar a terra,
O primeiro General.
Se importa o segundo,
Só com seu vasto quintal.
Este, por completo cerca-se de
Protecionismo estatal.

Luto pelas baleias,
Pelos campos e livros
Luto pela futura
existência do ser-vivo
Por humildes que contrastam
Com a amargura dos altivos

Ele lá luta por nada,
Nem sequer um ideal.
Te amordaça com gravata
Só pelo tal capital
- discurso bem bonito
Do primeiro General.

Pera lá, mas vejam só,
O aquecimento global.
Sem hidrelétrica não
Ligariam o ar central
Se a florest'eu não abatesse
Que calor! Seria infernal.

O que eu proponho é futuro
É bem-estar social
Dedico à lã, secadora
Você pra moça, varal
- demasiado eloquente
Esse segundo General.

E todos, pois, se perguntam e
perguntar nunca fez mal
Na mentira cá utópica ?
Ou na verdade imoral?
Já estão mais se peguntando
Se cai chuva no aral.

Usei tanto "General"
Fui injusto com o quartel
Pois aqui na região
Chamam-lhes Seu Coronel
E por meu tempo de vida
Que não leiam esse cordel.

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